Os cálculos renais são uma condição médica que afeta aproximadamente 15% da população brasileira, segundo dados do Hospital das Clínicas da Unicamp. Isso quer dizer que aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros apresentam algum tipo de disfunção renal.
E o mais agravante, é que um levantamento feito pelo Centro de Referência da Saúde do Homem da Secretaria do Estado da Saúde apontou que no verão há um aumento de cerca de 30% no número de casos.
Vale dizer que essa condição, conhecida pela intensidade de sua dor, não apenas impacta significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados, mas também implica em desafios para o sistema de saúde.
Por isso, nesse artigo vou falar o que são os cálculos renais, mostrar quais são os 3 sintomas mais comuns e os principais tratamentos para essa patologia. Boa leitura!
Cálculos renais, comumente chamados de pedras nos rins, são massas sólidas compostas por cristais que se formam nos rins ou no trato urinário.
Eles surgem quando substâncias presentes na urina, como cálcio, oxalato e ácido úrico, tornam-se tão concentradas que começam a cristalizar, formando os cálculos.
Essas pedras podem variar em tamanho, desde grãos de areia microscópicos até massas maiores que podem obstruir o fluxo urinário, e são formadas dentro dos rins, mas podem se deslocar para outras partes do sistema urinário, como os ureteres, a bexiga e a uretra.
Quando ele se move ou causa obstrução, pode provocar dor intensa e outros sintomas. Embora alguns cálculos possam passar pelo trato urinário sem causar danos significativos, outros podem necessitar de intervenção médica para serem removidos ou tratados.
Um dos principais motivos é a desidratação, que leva a uma concentração mais alta de minerais e outras substâncias na urina. Essa concentração elevada facilita a formação de cristais que podem se aglomerar e formar cálculos.
Por isso, a ingestão insuficiente de água é um fator de risco significativo, especialmente em climas quentes ou para pessoas que exercem atividades físicas intensas.
A dieta também desempenha um papel crucial na formação de cálculos renais. Alimentos ricos em sódio, proteínas animais e certos tipos de oxalatos (encontrados em alimentos como espinafre e beterraba) podem aumentar o risco de desenvolvimento de cálculos.
Por outro lado, uma dieta pobre em cálcio também pode contribuir, embora seja comum acreditar-se no contrário. O equilíbrio correto desses nutrientes é essencial, uma vez que a dieta pode alterar a composição química da urina, o que influencia a formação de cálculos.
Além dos fatores ambientais e dietéticos, a predisposição genética e algumas condições médicas também influenciam na formação de cálculos renais.
Doenças como hiperparatireoidismo, infecções do trato urinário e certos distúrbios renais podem aumentar a probabilidade de desenvolver essa condição.
Além disso, indivíduos com histórico familiar de cálculos renais têm maior risco, indicando uma possível conexão genética na predisposição a essa patologia.
Os 3 principais sintomas de cálculos renais são:
Um dos sintomas mais comuns e notórios dos cálculos renais é a dor intensa. Ela geralmente começa quando o cálculo se move para dentro do ureter, bloqueando o fluxo de urina.
A dor pode ser aguda e severa, localizando-se na lateral e nas costas, logo abaixo das costelas, e pode se estender para a região inferior do abdome e virilha. A natureza da dor pode ser ondulante, aumentando e diminuindo em intensidade.
A presença de sangue na urina, conhecida como hematúria, é outro sintoma comum associado aos cálculos renais. Isso ocorre quando o cálculo irrita ou danifica o revestimento do trato urinário.
A urina pode ter uma cor rosada, vermelha ou marrom, um sinal claro de que algo não está normal. Embora a hematúria possa ser alarmante, é importante buscar avaliação médica para confirmar a causa e iniciar o tratamento adequado.
Náuseas e vômitos são sintomas frequentemente associados a cálculos renais, especialmente quando a dor é intensa. Estes sintomas ocorrem devido à ligação entre os nervos que inervam os rins e aqueles que inervam o trato gastrointestinal.
Além disso, a dor severa e o estresse causados pelos cálculos podem desencadear uma resposta do sistema nervoso que leva a náuseas e vômitos, que, embora incômodos, são uma reação natural do corpo à dor intensa e ao desconforto.
Os tratamentos variam conforme o tamanho e a localização dos cálculos, bem como a intensidade dos sintomas. Os principais métodos incluem:
Para cálculos pequenos, o tratamento pode envolver simplesmente esperar que eles passem naturalmente.
Isso geralmente é acompanhado de recomendações para beber muita água, a fim de ajudar a mover o cálculo ao longo do trato urinário.
Em alguns casos, medicamentos podem ser usados para facilitar a passagem. Por exemplo, um tipo de medicamento conhecido como um alfa-bloqueador pode relaxar os músculos nos ureteres, ajudando os cálculos a passar mais facilmente e com menos dor.
Este procedimento usa ondas sonoras para criar vibrações fortes (ondas de choque) que quebram os cálculos em pedaços pequenos que podem ser passados na urina mais facilmente.
Em casos onde os cálculos são muito grandes para passar por conta própria ou causam infecções, sangramento ou danos ao rim, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.
A cirurgia mais comum é a ureteroscopia, onde um tubo fino é inserido através da uretra e bexiga até o ureter para remover o cálculo. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia aberta ou laparoscópica para remover os cálculos diretamente dos rins.
Como se pode ver ao longo deste artigo, é vital identificar os sintomas para fazer o melhor tipo de tratamento para os cálculos renais que são conhecidos pela dor que provocam.
E se você precisar de ajuda médica, entre em contato comigo, Dr. Tarso Ferraz, terei um enorme prazer em avaliar o seu caso e propor o melhor tratamento possível.
As malformações urológicas são condições que afetam o sistema urinário, podendo comprometer a função renal, a eliminação de resíduos [...]
A litíase renal infantil, mais conhecida como a presença de pedras nos rins em crianças, é uma condição rara, [...]
A fertilização in vitro (FIV) é uma das tecnologias de reprodução assistida mais avançadas e amplamente utilizadas no mundo. [...]