Com uma prevalência que afeta cerca de 27 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano, a hérnia inguinal é uma das condições abdominais mais comuns enfrentadas pela população, e a cirurgia de Hérnia Inguinal surge como um tratamento promissor.
Vale destacar que existem diferentes técnicas cirúrgicas diferentes, e entender cada uma delas é fundamental para um tratamento mais eficiente.
Neste artigo, vou mostrar em detalhes o que é a hérnia inguinal, seus sintomas característicos e as diferentes abordagens cirúrgicas existentes. Boa leitura!
A hérnia inguinal é uma condição médica em que uma porção do intestino ou do tecido adiposo protrai através de uma área enfraquecida da parede abdominal, especificamente na região inguinal, que é localizada na parte inferior do abdômen, perto da virilha.
Esta condição é bastante comum, especialmente entre os homens, devido à estrutura anatômica do canal inguinal, que é um ponto de fraqueza natural na parede abdominal.
É importante destacar que existem dois tipos principais de hérnias inguinais:
Este tipo de hérnia é congênita e ocorre quando o canal inguinal não se fecha adequadamente antes do nascimento. É mais comum em bebês e crianças, mas também pode se manifestar na idade adulta.
Esta hérnia geralmente ocorre em adultos e está relacionada ao enfraquecimento da parede abdominal ao longo do tempo, muitas vezes devido a esforço físico, obesidade, envelhecimento ou condições que aumentam a pressão intra-abdominal.
Essa condição é caracterizada pelo aparecimento de um inchaço ou saliência na região da virilha, que pode ser mais evidente ao tossir, levantar objetos pesados ou fazer esforço físico.
Em muitos casos, a hérnia pode ser empurrada de volta para dentro do abdômen, mas frequentemente ela reaparece, indicando a necessidade de intervenção médica.
Os sintomas de uma hérnia inguinal podem variar amplamente, dependendo do tamanho e se há complicações associadas.
Em muitos casos, ela pode ser assintomática, especialmente nas fases iniciais, mas os sintomas tendem a se tornar mais evidentes à medida que a condição progride, resultando em:
O sintoma mais comum é um inchaço ou uma protuberância na área da virilha ou do escroto, que pode aumentar de tamanho quando a pessoa está em pé, tossindo ou fazendo esforço físico, e pode diminuir ou desaparecer quando a pessoa está deitada.
A dor ou o desconforto na região da virilha é frequente, especialmente ao levantar objetos, curvar-se, tossir ou fazer exercícios físicos. A dor pode variar de leve a intensa e pode ser acompanhada de uma sensação de queimação ou peso na região afetada.
Algumas pessoas relatam uma sensação de fraqueza, pressão ou peso na região da virilha, o que pode ser um indicativo de uma hérnia inguinal.
Em alguns casos, a dor pode irradiar para a coxa ou os testículos, causando desconforto adicional, merecendo assim uma maior atenção.
Os principais sintomas em casos complexos, incluem:
O encarceramento ocorre quando uma porção do intestino ou tecido fica preso na hérnia e não pode ser empurrado de volta para o abdômen. Isso pode causar dor intensa, náusea, vômito e constipação. Esta condição requer atenção médica imediata.
O estrangulamento, por sua vez, é uma complicação grave em que a porção do intestino presa na hérnia tem seu suprimento de sangue cortado.
Os sintomas incluem dor súbita e intensa, vermelhidão ou descoloração da pele sobre a hérnia, febre e sintomas sistêmicos como taquicardia.
O tratamento definitivo para a hérnia inguinal é a correção cirúrgica, chamada de herniorrafia ou hernioplastia. Existem várias técnicas disponíveis, que podem ser agrupadas em abordagens abertas e laparoscópicas.
A escolha da técnica depende de vários fatores, incluindo o tamanho e o tipo da hérnia, a idade e a saúde geral do paciente, bem como a experiência do cirurgião.
Essa é uma das técnicas mais comuns e envolve uma incisão na área da hérnia, seguida pela colocação de uma tela de polipropileno sobre a área enfraquecida da parede abdominal.
A tela reforça a parede abdominal e reduz a chance de recorrência. Esta técnica de cirurgia de hérnia inguinal é conhecida por sua eficácia e baixo índice de complicações.
Nesta abordagem, o cirurgião repara o defeito da hérnia e reforça o canal inguinal sem o uso de tela. A técnica de Shouldice é um exemplo clássico, onde várias camadas de suturas são utilizadas para fortalecer a parede abdominal.
É frequentemente usada em pacientes mais jovens ou quando a utilização de tela não é indicada.
Esta técnica envolve a inserção de instrumentos laparoscópicos através do abdômen, com acesso à cavidade abdominal.
A tela é colocada na parte interna da parede abdominal para cobrir o defeito da hérnia. O TAPP permite a visualização direta de ambas as regiões inguinais, o que é útil no caso de hérnias bilaterais na cirurgia de hérnia inguinal.
Diferente do TAPP, o TEP evita a entrada na cavidade abdominal. Os instrumentos são inseridos no espaço entre a parede abdominal e o peritônio, onde a tela é colocada para cobrir a hérnia.
Este método reduz o risco de complicações intra-abdominais e é preferido por alguns cirurgiões na cirurgia de hérnia inguinal.
Como podemos ver, a cirurgia de hérnia inguinal é um procedimento essencial para o tratamento definitivo dessa condição, que pode causar desconforto significativo e levar a complicações graves se não tratada adequadamente.
Diagnosticar e tratar precocemente uma hérnia inguinal pode prevenir complicações como encarceramento e estrangulamento, que podem ser fatais se não abordadas prontamente.
A escolha da técnica cirúrgica apropriada e o manejo cuidadoso no pós-operatório são cruciais para garantir o sucesso do tratamento e a rápida recuperação do paciente.
Portanto, se você precisa passar por uma cirurgia de Hérnia Inguinal, entre em contato comigo, Dr. Tarso Ferraz, e marque uma consulta. Estarei pronto para avaliar o seu caso, e propor o melhor tratamento possível.
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