A fertilização in vitro (FIV) é uma das tecnologias de reprodução assistida mais avançadas e amplamente utilizadas no mundo.
Desde seu primeiro sucesso, com o nascimento do “bebê de proveta” em 1978, a FIV transformou a maneira como lidamos com a infertilidade, oferecendo esperança a milhões de casais que têm dificuldades para conceber.
Neste artigo vou detalhar como o processo funciona, os passos envolvidos e o que esperar em uma jornada de FIV. Boa leitura!
A fertilização in vitro é um procedimento em que os óvulos de uma mulher são extraídos e fertilizados por espermatozoides em laboratório.
O termo “in vitro” significa “em vidro”, referindo-se ao fato de que a fertilização ocorre fora do corpo, em um ambiente controlado.
Depois que os óvulos fertilizados se tornam embriões, eles são transferidos para o útero, onde podem se implantar e desenvolver uma gravidez.
A FIV é recomendada para casais que têm problemas de infertilidade, como obstrução nas trompas de Falópio, baixa contagem de espermatozoides, endometriose, ou quando outros métodos de reprodução assistida, como a inseminação artificial, falharam.
A FIV envolve várias etapas complexas e pode levar várias semanas ou meses até ser concluída. A seguir, detalhamos cada um dos principais passos do processo.
O primeiro passo no processo de FIV é a estimulação dos ovários. Normalmente, uma mulher libera um único óvulo durante o ciclo menstrual. No entanto, para a FIV, é preferível coletar vários óvulos para aumentar as chances de sucesso.
Para isso, a paciente recebe hormônios estimulantes (gonadotrofinas) que induzem os ovários a produzir múltiplos folículos, onde se desenvolvem os óvulos.
Esse processo é cuidadosamente monitorado através de ultrassonografias e exames de sangue para verificar o crescimento dos folículos e os níveis hormonais.
Quando os folículos estão maduros, é hora de coletar os óvulos. A paciente recebe uma medicação para amadurecer os óvulos e, aproximadamente 36 horas depois, é realizada a aspiração folicular.
Este é um procedimento minimamente invasivo, feito sob sedação leve, onde uma agulha é guiada por ultrassom até os ovários para aspirar os folículos e retirar os óvulos.
Os óvulos são, então, levados para o laboratório, onde serão avaliados quanto à sua qualidade e preparados para o próximo passo: a fertilização.
No dia da coleta dos óvulos, o parceiro masculino (ou um doador de sêmen) fornece uma amostra de esperma. O sêmen é processado em laboratório para selecionar os espermatozoides mais saudáveis e móveis.
Caso o parceiro tenha problemas graves de infertilidade, como uma contagem muito baixa de espermatozoides, pode ser necessária a coleta diretamente dos testículos através de um procedimento cirúrgico, conhecido como aspiração de espermatozoides.
Após a coleta e preparação dos óvulos e espermatozoides, é hora de realizar a fertilização. Existem duas formas principais de realizá-la:
Caso seja bem-sucedida, os óvulos fertilizados começam a se dividir e formam embriões.
Após a fertilização, os embriões são cuidadosamente monitorados durante os primeiros dias de desenvolvimento. Eles passam por várias divisões celulares e são avaliados para garantir sua qualidade.
Em muitos casos, os embriões são deixados para se desenvolver até o estágio de blastocisto (por volta do quinto ou sexto dia), o que aumenta as chances de sucesso no momento da transferência.
Durante esse estágio, os embriões mais viáveis são selecionados para a transferência para o útero.
A transferência de embriões é um procedimento relativamente simples e indolor. Usando um cateter fino, o médico insere o(s) embrião(s) selecionado(s) no útero da mulher.
Dependendo da idade e de outros fatores de saúde, o médico pode transferir um ou mais embriões. No entanto, com o avanço das técnicas, a tendência é transferir menos embriões para evitar gestações múltiplas, que apresentam maior risco para a mãe e os bebês.
Após a transferência, a paciente recebe medicação hormonal para apoiar a implantação do embrião no revestimento do útero.
Por fim, cerca de duas semanas após a transferência de embriões, a paciente fará um exame de sangue para verificar os níveis de hormônio hCG, o que indicará se a gravidez ocorreu.
Esse período de espera, conhecido como “duas semanas de espera”, pode ser emocionalmente desafiador para muitos casais.
A FIV oferece grandes esperanças para casais que enfrentam a infertilidade, mas é importante lembrar que, embora seja uma tecnologia avançada, o sucesso não é garantido.
As taxas de sucesso da FIV variam significativamente com base na idade da mulher, na qualidade dos óvulos e espermatozoides, e na saúde geral do casal.
As taxas de sucesso da FIV tendem a ser mais altas em mulheres mais jovens. Mulheres com menos de 35 anos têm, em média, uma taxa de sucesso de 40 a 50% por ciclo.
No entanto, essa taxa cai significativamente com o aumento da idade, especialmente após os 40 anos, quando a qualidade dos óvulos diminui.
Além da idade, outros fatores que podem afetar o sucesso da FIV incluem:
Como qualquer procedimento médico, a FIV não é isenta de riscos. Alguns dos possíveis efeitos colaterais incluem:
Como podemos ver, a fertilização in vitro é uma das conquistas mais significativas da medicina moderna, proporcionando esperança e oportunidades para casais que enfrentam dificuldades para conceber.
O processo, embora complexo, oferece altas taxas de sucesso, especialmente para mulheres mais jovens e casais com boa saúde geral.
Para aqueles que estão considerando a FIV, é essencial ter expectativas realistas, buscar suporte emocional durante o processo e discutir todas as opções e possíveis resultados com o médico especialista em fertilidade.
Inclusive, eu, Dr. Tarso Ferraz, sou um médico especialista em Fertilização In Vitro. Entre em contato comigo e tire todas as suas dúvidas.
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