Fimose infantil: o que é, causas e principais tipos de tratamento

A fimose infantil é uma condição bastante comum entre os meninos, uma vez que cerca de 97% dos bebês nascem com algum grau de fimose.

No entanto, aos 3 anos aproximadamente 50% já conseguem retrair o prepúcio completamente, e aos 10 anos o percentual de crianças com fimose cai para cerca de 10%.

Dessa forma, compreender o que é a fimose infantil, os principais tipos e os tratamentos conservadores é essencial, principalmente para quem tem filhos nos primeiros anos de vida.

Neste artigo vou mostrar o que é essa condição, quais são suas causas, os principais tipos e os tratamentos mais conhecidos. Boa leitura!

O que é a fimose infantil?

A fimose infantil é uma condição médica caracterizada pela incapacidade de retrair o prepúcio, a pele que cobre a ponta do pênis, para expor a glande (cabeça do pênis). É comum em recém-nascidos e pode persistir até a infância.

Em muitos casos, o prepúcio ainda está naturalmente aderido à glande, um fenômeno que é considerado normal em crianças pequenas.

A fimose é diagnosticada como patológica apenas quando causa sintomas como dor, dificuldade para urinar ou infecções frequentes, necessitando de intervenção médica.

Com o crescimento, a condição tende a se resolver naturalmente na maioria dos meninos até os três anos de idade, à medida que o prepúcio se torna mais elástico e capaz de retrair. 

No entanto, a persistência da fimose pode variar, com alguns meninos ainda apresentando alguma forma da condição até a puberdade.

A diferenciação entre fimose fisiológica (natural e temporária) e patológica (que requer tratamento) é crucial para evitar tratamentos desnecessários ou precipitados, que podem causar mais danos do que benefícios.

Quais são os tipos da fimose infantil?

Essa condição pode ser classificada como fisiológica ou patológica, e as causas variam de acordo com essas categorias. A fimose fisiológica ocorre naturalmente e é parte do desenvolvimento normal de muitos meninos.

Ela resulta da aderência do prepúcio à glande, uma condição inerente desde o nascimento. Essa aderência e a falta de elasticidade são normais em bebês e geralmente se resolvem com o tempo, conforme o tecido se desenvolve e amadurece naturalmente até a infância.

Por outro lado, a fimose patológica pode surgir devido a cicatrizes resultantes de lesões, infecções repetidas ou inflamação crônica, como balanopostite.

Além disso, práticas como a limpeza forçada do prepúcio em crianças pequenas podem contribuir para o desenvolvimento de cicatrizes e aderências que não ocorreriam de outra forma.

Essas condições podem impedir a retração natural do prepúcio ao longo do tempo, tornando necessária a avaliação e intervenção médica para prevenir complicações como dificuldades para urinar ou infecções recorrentes.

Quais são os principais tratamentos?

Os principais tratamentos para a fimose infantil incluem:

Cuidados conservadores

Este método envolve práticas não invasivas, como instruções sobre higiene adequada e técnicas suaves de retração do prepúcio durante o banho, sempre respeitando os limites de conforto da criança para evitar dor ou lesões.

Esta abordagem é muitas vezes recomendada nos casos de fimose fisiológica, que tende a se resolver naturalmente.

Aplicação de cremes com corticoides

Os cremes tópicos à base de corticoides podem ser prescritos para tratar casos de fimose mais resistentes. Eles ajudam a reduzir a inflamação e aumentar a elasticidade do prepúcio, facilitando sua retração.

O tratamento usualmente dura algumas semanas e mostra alta eficácia quando seguido conforme orientação médica.

Circuncisão

A circuncisão é uma intervenção cirúrgica que remove completamente o prepúcio. 

É considerada um tratamento definitivo para a fimose patológica e é recomendada quando outros métodos não são eficazes ou quando há complicações recorrentes, como infecções urinárias ou dificuldades severas ao urinar.

Preputioplastia

Alternativa à circuncisão, a preputioplastia envolve a realização de pequenas incisões no prepúcio para aliviar a tensão e permitir a retração, sem removê-lo completamente.

Este procedimento é menos invasivo, preserva a função e a aparência do prepúcio, e é frequentemente escolhido por pais e profissionais de saúde que desejam uma solução menos radical que a circuncisão.

Considerações finais

Em conclusão, a fimose infantil é uma condição que varia amplamente em termos de gravidade e necessidade de tratamento.

Enquanto a fimose fisiológica é parte do desenvolvimento normal e frequentemente se resolve sem intervenção, a fimose patológica pode requerer tratamentos mais diretos para evitar complicações.

Por isso, é essencial que os pais busquem orientação médica ao notar qualquer dificuldade ou anormalidade na área genital de seus filhos para que se possa avaliar adequadamente a condição.

Com a abordagem correta, que pode variar desde cuidados conservadores até procedimentos cirúrgicos como a preputioplastia ou a circuncisão, é possível tratar a fimose de forma eficaz, garantindo a saúde e o bem-estar da criança.

A colaboração entre pais e profissionais de saúde é fundamental para determinar a melhor estratégia de tratamento, respeitando sempre o desenvolvimento natural e as necessidades individuais de cada criança.

E eu, Dr. Tarso Ferraz, urologista infantil, posso te ajudar. Se você suspeita que seu filho tenha algum grau de fimose infantil, entre em contato comigo. Vou avaliar o seu caso de forma personalizada, e propor o melhor tratamento possível.


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