A hérnia inguinal em crianças é uma condição que preocupa muitos pais, e entender como prevenir e reconhecer os fatores de risco é fundamental para a saúde dos pequenos.
É importante destacar que essa condição ocorre quando uma parte do intestino ou outro tecido abdominal se projeta para a área da virilha através de uma abertura na parede abdominal.
Embora seja relativamente comum em bebês e crianças, especialmente meninos, há maneiras de minimizar os riscos e agir rapidamente ao notar sinais de sua presença.
Neste artigo, vou mostrar os principais fatores de risco e abordar as melhores formas de prevenção dessa condição. Boa leitura!
A hérnia inguinal ocorre quando a parede abdominal não se fecha completamente durante o desenvolvimento do feto, deixando uma abertura que permite a passagem de parte do intestino ou gordura abdominal.
Em geral, essa abertura deve se fechar antes do nascimento, mas, em alguns casos, permanece aberta, levando ao surgimento dessa condição.
Esse tipo de hérnia é mais comum em meninos do que em meninas, e alguns fatores genéticos podem aumentar a chance de seu desenvolvimento.
É importante dizer que existem dois tipos principais de hérnias inguinais em crianças: a indireta, que é a mais comum e acontece por uma condição congênita, e a direta, que é rara em crianças e normalmente aparece em adultos.
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hérnia inguinal em crianças, e conhecê-los é o primeiro passo para entender como prevenir a condição.
A genética desempenha um papel importante no risco de uma criança desenvolver hérnia inguinal. Se houver histórico familiar, especialmente se o pai ou irmãos do sexo masculino já tiveram hérnia, a probabilidade de a criança desenvolver o problema aumenta.
Crianças nascidas prematuramente apresentam um risco mais elevado para hérnias inguinais.
Esse fato ocorre porque, em muitos casos, o desenvolvimento completo da parede abdominal ainda não foi alcançado antes do nascimento, aumentando a chance de a abertura inguinal não se fechar corretamente.
Aproximadamente 1 em cada 3 bebês prematuros apresenta essa condição.
A tosse crônica ou problemas respiratórios constantes também são fatores de risco. Quando uma criança tosse frequentemente, a pressão abdominal aumenta, podendo forçar a passagem de uma parte do intestino através da abertura inguinal.
A constipação, ou prisão de ventre crônica, também é um fator de risco, uma vez que o esforço repetitivo para evacuar pode aumentar a pressão intra-abdominal. Por isso, crianças com constipação frequente devem receber orientação médica para reduzir esse risco.
Embora menos comum, o excesso de peso pode aumentar a pressão na área abdominal, facilitando o desenvolvimento da hérnia, por isso é importante monitorar o peso infantil e incentivar hábitos saudáveis desde cedo.
Apesar de não haver garantias de prevenção, algumas medidas podem ajudar a minimizar os riscos. A prevenção envolve tanto medidas para evitar a sobrecarga abdominal quanto ações que promovam um desenvolvimento saudável.
Acompanhar o desenvolvimento da criança com o urologista infantil é essencial, especialmente nos primeiros anos de vida, pois é nesse período que a maior parte das hérnias se manifesta. Isso permite a identificação precoce de qualquer anormalidade.
Alimentar-se de forma equilibrada pode ajudar a prevenir a constipação, um dos fatores de risco. É recomendado incluir fibras na alimentação diária e garantir que a criança beba água suficiente para manter o funcionamento saudável do sistema digestivo.
Embora crianças devam se movimentar e brincar, atividades que forcem demais a área abdominal, como levantamento de peso ou esportes de alta intensidade, não são recomendadas para os menores.
Uma rotina de atividades físicas moderadas ajuda no desenvolvimento geral e na manutenção de um peso saudável, diminuindo o risco de pressão excessiva no abdômen.
Qualquer condição que cause tosse crônica deve ser tratada rapidamente. Manter as vacinas em dia, evitar ambientes que favoreçam alergias e, quando necessário, utilizar medicações prescritas para o controle de doenças respiratórias, ajudam a reduzir os riscos.
Tratar a constipação de forma adequada pode ser uma das melhores formas de prevenção. Medicamentos laxantes só devem ser utilizados com prescrição médica, mas alguns hábitos, como incentivar o consumo de fibras e água, são estratégias eficazes.
Reconhecer os sinais da hérnia inguinal em crianças é importante para agir rapidamente. O principal sintoma é um inchaço ou abaulamento na área da virilha, que pode aparecer quando a criança chora ou tosse e diminuir quando ela está relaxada.
Em casos mais graves, a hérnia pode ficar encarcerada, o que significa que não volta à cavidade abdominal. Quando isso acontece, é uma emergência médica e a criança pode apresentar dor intensa, vômito e febre.
Se você notar qualquer inchaço incomum na virilha de seu filho ou qualquer desconforto inexplicável na área, consulte o médico o quanto antes. A intervenção precoce pode evitar complicações e proporcionar alívio mais rápido.
Na maioria dos casos, a hérnia inguinal requer correção cirúrgica, que é simples e geralmente feita em ambulatório, ou seja, sem necessidade de internação. A recuperação é rápida, e os riscos são mínimos quando o procedimento é realizado por um especialista.
Nos casos de hérnia encarcerada, a cirurgia é emergencial, pois há risco de estrangulamento do intestino, uma condição grave que pode comprometer a circulação sanguínea no local.
Conforme podemos ver, a hérnia inguinal em crianças é uma condição comum, mas com alguns cuidados e observação atenta, é possível minimizar os riscos e prevenir complicações.
Portanto, manter consultas pediátricas regulares, observar sinais de alerta e adotar um estilo de vida saudável são medidas que auxiliam na prevenção dessa condição.
Ao notar qualquer sinal ou sintoma que possa indicar uma hérnia inguinal, é fundamental procurar ajuda médica para que um diagnóstico preciso seja feito e o tratamento adequado iniciado.
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