Uma infecção nos rins, silenciosa em muitos casos, pode representar sérios riscos à saúde se não for detectada e tratada a tempo. E a pielonefrite é uma dessas condições. Esse é um quadro bacteriano nos rins que requer atenção e cuidados específicos.
Por se tratar de uma infecção bacteriana, ela requer mais cuidados para evitar um agravamento do problema que pode levar a situações piores.
Neste artigo vou falar o que é a pielonefrite, quais são suas causas, os principais sintomas e mostrar os tipos de tratamentos disponíveis. Boa leitura!
Essa é uma infecção causada por bactérias que se originam na bexiga e se espalham para os rins. Por isso ela é considerada uma infecção bacteriana e requer cuidados médicos.
Vale dizer que essa condição é mais comum em mulheres, mas pode afetar pessoas de qualquer idade ou gênero, podendo ela ser unilateral, afetando apenas um rim, ou bilateral, atingindo ambos os rins.
Quando não tratada adequadamente, pode ser séria e levar a complicações graves, como danos renais ou até mesmo sepse, uma infecção generalizada que pode ser potencialmente fatal.
A causa mais comum é a presença de bactérias, especialmente a Escherichia coli, que normalmente vive no trato gastrointestinal.
Essas bactérias podem alcançar os rins de várias maneiras, como através da uretra, especialmente em mulheres devido à proximidade entre a uretra e o ânus.
É importante dizer que essa infecção pode ser ascendente, que é quando as bactérias presentes na bexiga viajam para os rins através dos ureteres.
Além disso, pode existir o refluxo vesicoureteral, uma condição na qual a urina volta da bexiga para os ureteres, facilitando a entrada de bactérias nos rins.
Em alguns casos, ocorre a obstrução do trato urinário que é quando algo está impedindo o esvaziamento adequado da bexiga, aumentando assim o risco de infecção renal.
Por fim, fatores de risco como ter um sistema imunológico enfraquecido,anomalias ou histórico prévio de infecções do trato urinário também podem contribuir para o desenvolvimento dessa patologia.
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Os sintomas variam muito quando falamos do quão avançado ou intenso está esse problema no rim, e podem se manifestar por meio de:
É importante ressaltar que, em alguns casos, especialmente em idosos ou pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, os sintomas podem ser mais sutis, o que pode dificultar o diagnóstico.
Primeiramente o paciente relata os sintomas, sendo que o médico pode solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico.
O principal deles é o exame de urina, onde será analisada a presença de células brancas do sangue e bactérias na urina, além de possíveis alterações na aparência e no odor.
Dependendo do caso podem ser solicitados exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) para visualizar os rins e detectar sinais de infecção, como abscessos ou inflamação.
Para identificar a presença e o tipo de bactéria causadora da infecção, ajudando a direcionar o tratamento antibiótico, pode ser necessário a cultura de urina.
Por fim, o especialista pode pedir exames de sangue para avaliar os número de leucócitos e proteínas de fase aguda e a função renal, especialmente se houver suspeita de complicações ou para acompanhar a resposta ao tratamento.
A prevenção envolve uma série de cuidados e práticas que visam reduzir o risco de desenvolver essa condição. Nesse sentido, manter uma higiene íntima adequada é fundamental.
Após usar o banheiro, realizar uma limpeza cuidadosa, garantindo a redução do risco de entrada de bactérias na uretra, o que pode desencadear infecções.
Além disso, manter a ingestão de líquidos na medida certa, especialmente água, é um ponto importante na prevenção e na saúde em geral. A água auxilia na diluição da urina e na eliminação de bactérias presentes no trato urinário.
Urinar depois da relação sexual também é uma maneira de prevenir o surgimento deste problema. Até porque essa urina ajuda a limpar a uretra, removendo possíveis bactérias que possam ter sido introduzidas durante a atividade sexual.
Urinar regularmente e não segurar a urina por longos períodos também reduz significativamente o risco de infecções urinárias, contribuindo para a saúde dos rins.
Para pessoas com histórico de infecções urinárias recorrentes ou condições médicas predisponentes, é altamente recomendável realizar consultas médicas regulares.
O tratamento envolve principalmente o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana nos rins. O tipo prescrito pode variar com base na gravidade da infecção, na suscetibilidade da bactéria aos medicamentos e em outros fatores individuais do paciente.
Em casos leves a moderados, o tratamento pode ser administrado via oral em casa. No entanto, quadros mais graves podem exigir hospitalização para administração intravenosa dos antibióticos, especialmente se houver complicações.
Além dos antibióticos, é essencial o repouso e a ingestão de líquidos para ajudar na recuperação. Analgésicos podem ser recomendados para aliviar a dor e a febre.
Em alguns casos, especialmente quando há obstrução ou anomalias no trato urinário, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para corrigir o problema subjacente e prevenir problemas futuros.
O tratamento deve ser seguido conforme orientação médica, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término do curso de antibióticos, para garantir a erradicação completa da infecção e prevenir recorrências.
Ainda ficou com dúvidas sobre essa condição? Veja o vídeo a seguir:
Conforme vimos ao longo deste artigo, a pielonefrite é uma infecção bacteriana nos rins que pode causar complicações graves se não for tratada adequadamente. Reconhecer os sintomas precocemente e buscar atendimento médico são passos fundamentais para um diagnóstico e tratamento eficazes.
Práticas simples, como manter uma boa higiene íntima, ingerir líquidos suficientes, urinar após relações sexuais e evitar retenção urinária, são medidas importantes para proteger a saúde do trato urinário.
O tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos, repouso e ingestão adequada de líquidos, e em casos mais graves ou com complicações, a hospitalização e procedimentos cirúrgicos podem ser necessários.
Dessa forma, priorizar a prevenção, estar atento aos sintomas e buscar assistência médica adequada são passos essenciais para lidar com a pielonefrite, garantindo uma recuperação eficaz e prevenindo complicações a longo prazo.
E se você observar qualquer sinal que indique essa condição, entre em contato comigo, Dr. Tarso Ferraz e marque uma consulta. Afinal, a sua saúde não pode esperar!
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